segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

MUDAR O FUTURO ATRAVÉS DA HISTÓRIA

Plano de Ação

Objetivo Geral da Ação
Mostrar as crianças do jardim de infância: Ruth Alice, localizado à Rua: José Filipe da Silva, Alegre ES.
O quanto é importante valorizar a raça negra, pois foi dela que nasceu o desenvolvimento do país, através dos negros que desde o tempo da escravidão doavam todo seu talento para produzir os materiais necessários a satisfação das necessidades e desejos de seus donos, que apesar de tratá-los com profunda falta de humanidade eles não se revoltavam, uma vez que não tinham consciência da segregação a qual eram submetidos. Então embasado nessa história lamentável, é preciso que se organize  ações que venham ao encontro da falta de respeito com a raça negra e mostrar o seu valor através de atores com uma visão ampla das injustiças sofridas pela raça negra. Nesse contexto surge a necessidade de desenvolver projeto para ensinar as crianças dessa instituição a técnica de fabricar a boneca Abayomi a partir de tiras de tecido que possuem custo baixo, porém se desenvolver a produção com base na história dela,  o valor conscientizador será imensurável.

Justificativa

Ainda em nossos dias e apesar das mudanças ocorridas no país quissá no mundo através de leis e estatutos que defendem a igualdade, nada tem sido capaz de erradicar a segregação, que só mudou a forma de se mostrar e hoje é praticada de forma velada e talvez mais abjeta que outrora, uma vez que, seus praticantes não podem alegar o princípio da ignorância, pois a mídia mostra todos os dias, fatos esclarecedores a respeito do assunto.
Uma das causas do negro ainda hoje sofrer discriminação racial é o fato de não buscar conhecimento aprofundado sobre a verdadeira e única história dos negros, pois é sabido que o conhecimento é o melhor caminho para chegar a verdade e a liberdade, ao conhecer a sua história o negro verá o quanto ele foi e ainda é  importante para essa nação que só obteve evolução depois do envolvimento do negro na produção, físico, cultural e intelectual.

Postada por MARIA JANETE DO CARMO

domingo, 11 de dezembro de 2011

Movimento negro e movimento de mulheres negras: uma agenda contra o racismo.


O crescente êxito da ação coletiva negra tem dependido cada vez mais de sua habilidade para aliar-se a setores da sociedade civil e do Estado, que até pouco tempo atrás conferiam pouca atenção às demandas do movimento.  As investidas na esfera pública nacional alteraram significativamente as relações entre “raça” e política na sociedade brasileira nos últimos anos. O trânsito de militantes negros/as no poder executivo, legislativo, o acesso constante ao judiciário, a existência de órgãos públicos destinados exclusivamente às chamadas “políticas de igualdade racial”, o progressivo engajamento de deputados/as e senadores/as negros/as nas pautas do ativismo sugerem campos de ação jamais vistos na história política brasileira.
Por outro lado, articulações internacionais têm sido cada vez mais as marcas das organizações negras, especialmente com relação ao financiamento (TELLES, 2003), à inserção nas conferências internacionais (SANTOS, 2005), ou às redes de ativismo via internet e coletivos políticos (SEBASTIÃO, 2007).  Além da expansão do movimento para fora das fronteiras do país, há evidências flagrantes de um processo de institucionalização do movimento, o que o habilita profissionalmente a negociar com os formuladores da política institucional no Brasil contemporâneo.
Nesse sentido, entramos numa nova fase da política dos movimentos sociais. Para além das reivindicações, os/as ativistas, bem como suas organizações formam uma ampla rede de controle do poder público. Cada vez mais, o movimento torna-se incisivo na proposta de garantia da igualdade racial, não aceitando nenhuma ação que possa discriminar pessoas seja por seu pertencimento étnico, seja por suas características físicas. Com efeito, com cerca de um século da mobilização coletiva em favor da cidadania para a população negra neste país, o movimento negro moderno agora passa por uma fase que é a de fortalecer e ampliar as reivindicações em favor de políticas públicas direcionadas à redução das desigualdades, focalizadas em gênero e raça, promovendo, assim, o universalismo dos direitos sociais, sem desprezar o pluralismo existente em nossa sociedade.


Saiba mais em: 
http://www.leliagonzalez.org.br/material/Acao_e_Pensamento.pdf 

Articulação de Mulheres Negras: – com apoio da UNIFEM, foi formada a Articulação de Mulheres Negras Brasileiras para fortalecer as organizações de mulheres negras no Brasil e seu trabalho de implementação e monitoramento dos compromissos de Durban (2001). Dentre as atividades da Articulação, se destacaram:
1) estratégias de comunicação para dar visibilidade às desigualdades de gênero e raça e aos compromissos assumidos pelo Governo Brasileiro em Durban. Para isso foi produzida uma revista de circulação nacional, distribuída para ativistas do movimento de mulheres negras, movimento feminista, movimento negro, parlamentares e outras autoridades, com repercussão muito positiva.
2) a participação das mulheres negras na elaboração do Relatório da Sociedade Civil sobre o cumprimento da CEDAW pelo Governo Brasileiro.
3) o Seminário Reformas: Raça, Gênero e Políticas de Inclusão Social, Brasília, 13 de maio de 2003, promovido pela Articulação de Mulheres Negras e o Senado Federal, para sensibilização dos setores públicos e a participação das mulheres negras no processo de discussão sobre mecanismos para incluir as dimensões de gênero e raça nas reformas.
Foi criada também uma rede de comunicação virtual, no processo preparatório da III Conferência Mundial contra o Racismo (Durban), com o objetivo de estabelecer um canal de informação entre as mulheres negras organizadas, a comunidade negra em geral e pessoas interessadas na discussão dos temas dentro de perspectiva feminista negra. Nesse espaço, são discutidas questões relacionadas às discriminações de gênero, raça e classe, bem como outros temas de interesse dessa comunidade.  Mantém-se um ambiente de trocas de opiniões, planejamento de ações, discussão de políticas públicas, divulgação de agenda.

Casa de Cultura da Mulher Negra (1990): – foi fundada em Santos, depois de cinco anos de ações do Coletivo das Mulheres Negras da Baixada Santista. Pensando na sustentabilidade financeira para mulheres, o local escolhido para a sede foi um bairro de classe alta e desde o início foram dadas formações em culinária e artesanato africanos, visando à instalação de um restaurante com culinária africana e uma loja de roupas com estilo afro. Nessa linha, foram feitas oficinas de formação de mulheres para geração de renda. A Casa mantém o Centro de Documentação e livraria Carolina de Jesus; produz livros, materiais e a revista Eparrei, que aborda várias temáticas ligadas às questões das mulheres, tais como violência doméstica e direitos das mulheres.

Criola (1992): - é uma organização da sociedade civil conduzida por mulheres negras, a partir da defesa e promoção de direitos das mulheres negras em uma perspectiva integrada e transversal. Tem como missão instrumentalizar mulheres, adolescentes e meninas negras para o enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia (discriminação contra lésbicas) e para o desenvolvimento de ações voltadas à melhoria das condições de vida da população negra.

Fala Preta (1997): – tem como missão promover o desenvolvimento humano sustentável, buscando a eliminação de todas as formas de discriminação e violência, especialmente a discriminação étnico-racial e a de gênero, com base nos princípios éticos da igualdade, equidade e justiça, na promoção da qualidade de vida e no respeito aos direitos humanos e reprodutivos.

Fórum Nacional de Mulheres Negras: - O Fórum é composto por mulheres negras das mais variadas origens: ativistas autônomas, representantes de entidades, que participam da luta para afirmar o direito à vida plena, livres de intolerâncias étnico-raciais, de sexualidade-gênero, de credo ou classe social; em um meio ambiente preservado, com direito a lazer, trabalho digno e razoável, com saúde e qualidade de vida, garantido o direito de comunicação.

Geledés – Instituto da Mulher Negra (1988): - é uma organização política de mulheres negras que tem por missão institucional a luta contra o racismo e o sexismo, a valorização e a promoção das mulheres negras, em particular, e da comunidade negra em geral. O Instituto vem, nesses anos, consolidando as discussões sobre as questões da mulher negra como aspecto fundamental da temática de gênero na sociedade brasileira, sobre a necessidade de adoção de políticas públicas inclusivas para a realização do princípio de igualdade de oportunidades para todos/as. Em sua história, a Organização registra intervenções políticas nos âmbitos nacional, regional e internacional, com o objetivo de denunciar o racismo existente na sociedade brasileira e sensibilizar governos e sociedade civil para a discussão do processo de exclusão das populações pobres e discriminadas no mundo.

Grupo de Mulheres Negras Mãe Andresa (1986): - tem uma trajetória na conquista dos direitos das mulheres negras maranhenses e brasileiras. Sua missão é incentivar e fortalecer a organização e o protagonismo das mulheres negras, por meio da formação político-social, do empoderamento e da projeção dessas mulheres na sociedade.

Maria Mulher (1987): - é uma organização feminista, coordenada por mulheres negras com formação e experiências diversas, favorecendo a realização de um trabalho interdisciplinar. Desde a sua fundação, Maria Mulher vem pontuando a defesa dos direitos das mulheres e a luta pela melhoria das condições de vida da população afrobrasileira.

Neomalthusianos: – são os seguidores da Teoria Populacional Neomalthusiana, uma atualização da teoria criada pelo demógrafo Thomas Malthus. Para esse grupo, a causa da pobreza e do subdesenvolvimento dos países é seu crescimento populacional, sua superpopulação, elevando os gastos com as políticas sociais, esgotando os recursos naturais e dificultando investimentos em setores produtivos e consequentemente gerando desemprego. A partir dessa idéia, surgiram vários estudos e propostas neomalthusianas. O grupo defende o planejamento familiar.


Postado por Cristiane Alves Almeida (Krystal), Fabio Gomes Zampieri e Flavia Ribeiro Oliveira Zampieri

O percurso do conceito de raça no campo de relações raciais no Brasil.



De fato, abordagens teóricas recentes sobre a temática têm sido de enorme pertinência no sentido de aproximar etnicidade e nacionalidade, sempre com o objetivo de enfatizar e, assim, resgatar a interpenetração existente entre noções como raça e cultura no contexto do Estado-nação moderno, ressaltando, inevitavelmente, o papel dos construtores de mitos e raças que embasam ideologias nacionalistas na sua busca pela homogeneidade. Assim se constituindo, ela é um modelo para a solidariedade que definirá o grupo social como unidade cultural com uma identidade específica. Assim, a nação produz um sentimento de inclusão que faz com que os indivíduos apercebam-se de seu estilo próprio e se sintam parte de uma coletividade que historicamente o produziu. Quer dizer, a nação como produto da mentalidade coletiva torna se objeto para o sociólogo na medida em que explicita, muitas vezes ardentemente, o grupo social como uma unidade concebida que, em lhe atribuindo identidade, evidenciam-lhe os traços de sua história e de sua cultura.



Postado por Cristiane Alves Almeida (Krystal), Fabio Gomes Zampieri e Flavia Ribeiro Oliveira Zampieri

Ação sócio e educativa Trabalhando o Racismo das Crianças Quilombola da Comunidade Monte Alegre.


PLANO DE AÇÃO  


Objetivo Geral da Ação:

O objetivo deste trabalho é o de analisar buscando uma, dentre as possíveis compreensões dos significados de ser criança negra e quilombola na Escola e no Quilombo, e as conseqüências desses significados no processo de construção da identidade.
Fazer uma socialização das crianças quilombola com as demais crianças da região trabalhando valores e cultura e a importância da troca de conhecimento e vivencia entre pessoas. 

Justificativa:

Faz­se  necessário para  formação da  identidade consciente  da  criança negra e branca a valorização de  suas raízes e  dos valores dos seus ancestrais, pois estes têm requisitos tão importantes para a construção desta nação quanto à identidade dos demais povos. O fato de elas serem crianças negras ou brancas quilombolas ou não o que confere a elas uma singularidade, pois trata de sujeitos que vivem uma condição duplamente subjugada e inferiorizada.

Postado por Fabio Gomes Zampieri e Flavia Ribeiro Oliveira Zampieri

Aumento da participação da mulher negra na política

As mulheres negras contribuem muito para a política brasileira e ainda  fazem um esforço ferrenho para a construção de políticas públicas. Fazem mais pela sociedade do que o contrário. A sociedade não sabe tratar as mulheres negras e com isso perdem com a falta de políticas específicas, não somente a mulheres negras, mas a todas as mulheres. A igualdade de condições precisa ser para todos. Exigir isso é uma questão ética.
Em 31 de outubro de 2011, o mundo passou a ser habitado por 7 bilhões de pessoas, onde serão colocadas nesta terra que está a cada dia com menos espaço e com mudanças climáticas, desníveis e a cada momento uma novidade não muito boa, principalmente em relação ao meio ambiente.
Aumenta a participação dos negros na política

Apesar do modesto crescimento de 3% da bancada negra ou afrodescendente – que pulou de 5% para 8,5% em 2011 –, com 43 deputados eleitos, a Frente Parlamentar da Igualdade Racial pode chegar a 220 deputados, número que mostra uma relativa força política do Movimento Negro para votar matérias de interesse da comunidade negra. No entanto, cresceu em 3% a participação dos negros na política brasileira, que era de apenas 5% na última eleição de 2008. Em 2010, o Congresso Nacional elegeu 43 deputados e deputadas negros, chegando ao índice de 8,5% de negros no Parlamento brasileiro. O PT continua sendo o partido que mais elege negros no país: nas eleições de 2010, elegeu quase a metade dos 14 parlamentares autodeclarados afros. Em seguida vem o PMDB e PRB, partido do ex-vice-presidente José Alencar, com seis eleitos. Já o PCdoB, quatro; e PR, PSC, DEM, PSB e PTB elegeram apenas um deputado cada.
Merece destaque no apontamento (Balanço eleitoral do voto étnico negro) feito pela Unegro – União de Negros Pela Igualdade – o fato de no PRB estar despontando uma geração de lideranças políticas negras oriundas de importantes grupos evangélicos, muitas delas, inclusive, ocupantes de cargos da alta cúpula das principais igrejas, como Igreja Universal do Reino de Deus e Evangelho Quadrangular.(*Alexandre Braga é articulista, coordenador de Comunicação da Unegro (União de Negros Pela Igualdade) e tesoureiro do Fomene (Fórum Mineiro de Entidades Negras).
Postado por Cristiane Alves Almeida (Krystal), Fabio Gomes Zampieri e Flavia Ribeiro Oliveira Zampieri

Homens que fazem a diferença


Abdias do Nascimento, militante de longa data, que em 1968 havia se exilado nos Estados Unidos, onde foi professor em várias universidades. O fato de ser apontado como “conhecido racista negro” pelo relatório do SNI é um dado interessante e pode ser explicado pela forte atuação do movimento negro, naquela época, no sentido da denúncia do chamado “mito da democracia racial”, isto é, da ideia de que não haveria racismo no Brasil. Como Abdias do Nascimento, de acordo com o SNI, denunciava um racismo “inexistente”, ele mesmo seria racista. Outro documento, de janeiro do mesmo ano de 1978, advertia: “Esses movimentos, caso continuem a crescer e se radicalizar, poderão vir a originar conflitos raciais”.
Abdias, que nasceu em 1914, viveu intensamente seus 97 anos de lutas. Luta como soldado, nas revoluções de 30 e no levante paulista de 32, luta para se formar economista, em 38. A luta contra o Estado Novo e contra o racismo o levam, em 1941, à Penitenciária de Carandiru, onde cria o Teatro do Sentenciado, organizando um grupo de presos que escrevem, dirigem e interpretam.
E não pára nisso. Cria o Teatro Experimental do Negro, interpreta no teatro e no cinema – Orfeu da Conceição, que virou Orfeu do Carnaval foi um de seus trabalhos mais conhecidos.
Obrigado pela ditadura a deixar o país, torna-se Conferencista Visitante da Universidade de Yale University,em 69. Um ano depois funda a cadeira de Culturas Africanas no Novo Mundo, na Universidade do Estado de Nova York. (CENTRAL DE MOVIMENTOS POPULARES RJ)
Postado por Cristiane Alves Almeida (Krystal), Fabio Gomes Zampieri e Flavia Ribeiro Oliveira Zampieri

A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA IDÉIA DE RAÇA


No século XX viu-se a ascensão e independência dos países asiáticos e africanos, este último os mais sofridos na era da escravatura na Europa, estas conquistas aconteceram de 2 formas: pela política de concessões de autonomia e pelas lutas de independência., produzindo ideologias centradas na produção de uma identidade comum africana como símbolo de luta contra o racismo. Lembrando que essas obras foram feitas por intelectuais a ativistas africanos.
O apartheid foi parte significativa da separação racial na África do Sul, que teve como o mais famoso militante, Nelson Mandela, que passou 25 anos preso, enquanto solto lutou pelo seu povo, sua gente, sua cor.
 Diante do que nos passa esse módulo, das origens do termo racismo, tipo de raças, etnia, é perceptível que tínhamos pouco ou quase nenhum subsídio para citar se é ou não correto dizermos raça negra, raça branca etc. Com o aprofundamento e com a base da apostila pude verificar que a história remonta ao século XIX, daí para frente nos apresenta variados contextos, nacionalismos, imperialismo, etnocentrismo, o classismo etc. Autores e atores que passaram pela dificuldade de conhecer, aceitar, servir. De como a cultura, a natureza, tipos e costumes definiam quem eram os de raça superiores ou inferiores.
Postado por Cristiane Alves Almeida (Krystal), Fabio Gomes Zampieri e Flavia Ribeiro Oliveira Zampieri