quinta-feira, 5 de abril de 2012

História do Dia Internacional da Mulher



História do 8 de março 

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. 

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. 

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). 

Objetivo da Data 

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história. 

Conquistas das Mulheres Brasileiras 

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo

Marcos das Conquistas das Mulheres na História 

- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres. 

- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos

- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres. 

- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia. 

- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs. 

- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas. 

- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres. 

- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina

- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças. 

- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina. - 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.
Postagem: Fabio, Flavia e Maria Janete

Fonte:http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Igualdade de Direitos

Mulher é gente, não é presente

Quando eu saio de casa usando a camiseta das blogueiras feministas ["Feminismo é a ideia radical de que mulheres são gente"], as pessoas me encaram com frequência e ficam olhando para o que está escrito na camiseta, assustadas. Fica óbvio que nunca pensaram que mulheres são gente.
E realmente, faz bem pouco tempo que mulheres se tornaram gente. Já fomos coisas, objetos em propriedade do marido, do pai, ou do senhor de escravos. A vida – inclusive sexual – das mulheres estava vinculada à vontade desses homens. A lei mudou, mulheres hoje são gente e têm direitos, mas ainda brigamos pra não sermos mais tratadas como coisas. Por incrível que pareça, ainda há quem defenda que mulheres são coisas, objetos à disposição de seus proprietários. Nem sempre defendem isso abertamente, mas acabam por endossar atos e situações que negam a autonomia e vontade das mulheres.
É por isso que:
  • há quem mate a mulher que não quer prosseguir com o relacionamento (Eloá e mais outros milhares de mulheres, todos os dias, em todos os noticiários, caracterizando feminicídio) e há quem diga que a mulher mereceu o espancamento ou morte por ter sido desobediente (pois não deveria ter vontade própria)
  • há quem ache que mulher que goste de festas, bebe, fuma ou anda sozinha (ou sem um acompanhante do sexo masculino) na rua é mulher “pública” e, portanto, pode ser tratada como coisa e obrigada a fazer sexo contra a própria vontade. Nesse sentido, há quem considere que, se a pessoa quer participar de sexo grupal, ela perde o direito à própria vontade (em 2004 critiquei decisão judicial que defende esse absurdo)
  • há quem ache normal um programa de televisão ao vivo acompanhar ato sexual não consentido (pois a mulher estava desacordada), não fazer nada pra impedir e ainda procurar disfarçar o que aconteceu
  • Há quem ache ok as mulheres convidadas para uma festa serem tratadas como presente e estupradas pelo aniversariante (que era amigo delas!), como aconteceu em Queimadas (PB), pois se as mulheres saíram de casa estavam “procurando” por isso. A vida não deveria se resumir aos tempos do padre Antônio Vieira, quando ele afirmava que mulher só deveria sair de casa pra ser batizada, se casar e ser enterrada (gente tem o direito de ir e vir; para o padre, mulher não era gente). E deve-se tomar cuidado ao falar da própria casa como um ambiente sagrado e seguro, sendo que é palco de violência doméstica (que é tão comum e grave a ponto de precisarmos da Lei Maria da Penha pra tentar reverter esse quadro). É bom não esquecer que o caso de Queimadas chamou a atenção da mídia porque duas das mulheres estupradas foram mortas ao reconhecerem os estupradores. A vontade das mulheres foi desrespeitada, mas o que chocou e deu o ponto de partida para as investigações foram as mortes, e não os estupros.
Em todos esses casos as mulheres perderam o status de gente, se tornaram coisas até o ponto de serem reduzidas a “presente de aniversário”. Sua vontade e autonomia foram negadas, elas foram tratadas como objetos que deveriam se submeter a atos de violência, inclusive sexual. Mesmo as mulheres que escaparam do estupro em Queimadas foram tratadas como coisas: elas não eram “estupráveis” por serem propriedade dos seus maridos (um deles era o aniversariante).
Esses casos são uma pequena amostra do festival de desgraças que a gente acompanha ao lidar com o tema de violência contra mulheres. Fica nítido que muitas pessoas ainda acham que mulher não tem direito de escolha, pois não entendem que mulher é gente. Tantos séculos tratando mulheres como coisas gerou uma cultura que ainda ignora a vontade das mulheres, continua tratando-as como coisas e faz o possível e o impossível para proteger os agressores, como se só eles fossem gente. Aí coloca-se a culpa na vítima (vide o comentário do policial que resultou nas Marchas das Vadias), que perdeu o status de gente pra se tornar uma coisa à mercê do agressor. Ainda temos um longo caminho pra reconhecer efetivamente mulheres como gente.
O que me deixa mais esperançosa no caso de Queimadas é que as mulheres da Paraíba já demonstraram um bom grau de mobilização para não deixar casos de violência contra mulheres caírem no esquecimento. Sandra Azevêdo, no Simpósio Temático sobre feminicídio no Fazendo Gênero 9, apresentou um trabalho [PDF] mostrando como foi possível pautar a mídia para acompanhar os casos de violência contra mulheres e tratá-los como violência de gênero. Espero que esse trabalho das feministas paraibanas continue, e que nós de outras regiões possamos aprender com elas, pois é extremamente necessário esse processo de mostrar que mulheres são gente e têm o direito de ter sua vontade respeitada.
Este post faz parte da blogagem coletiva Blogueiras Feministas e LuluzinhaCamp em repúdio aos estupros de Queimadas e à violência contra mulheres


Fonte:http://cynthiasemiramis.org/2012/02/17/mulher-e-gente-nao-e-presente/

Os direitos das mulheres só existem quando o Estado é laico

Durante muito tempo as políticas de Estado para mulheres foram definidas a partir da visão religiosa de mundo, especialmente a cristã e, mais especificamente ainda, católica. Nessa perspectiva, as mulheres seriam inferiores e por causa disso deveriam se submeter eternamente ao marido (o divórcio era proibido) ou pai, e não poderiam ter direitos políticos. Casamento e maternidade eram tratados como as únicas formas possíveis de vida feminina. O direito à educação só deveria existir para treinar mulheres para a maternidade e administração do lar, pois se considerava que o trabalho intelectual impediria a gravidez. Com isso, as mulheres foram relegadas ao analfabetismo ou a uma educação escolar rudimentar. As mulheres que não se encaixavam nesse modelo (lésbicas, prostitutas, mães solteiras, mulheres separadas do marido, etc) foram (e ainda são) perseguidas tanto pela religião quanto pelo Estado.
O Estado laico pune quem discrimina mulheres, cria leis para garantir direito de voto, de estudar, de trabalhar e para diminuir a desigualdade de gênero. O Estado laico incentiva escolas mistas, seculares, com a mesma educação para meninas e meninos. O Estado laico vê as mulheres além da questão reprodutiva, criando políticas públicas de atenção integral à saúde (e não apenas ligadas aos órgãos reprodutivos). O Estado laico exclui das leis termos e posicionamentos pejorativos criados em uma época em que o Estado incorporava o preconceito religioso para separar as mulheres em duas categorias: as que seguiam o modelo religioso e por isso deveriam ser protegidas pelo Estado, e as que não seguiam a religião e por isso ficavam à margem da proteção estatal. Juízes em um Estado laico interpretam a lei de forma a não incorporar preconceitos religiosos.
Leia o artigo completo no site da Revista Fórum.

Fabio, Flavia e Maria 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

MUDAR O FUTURO ATRAVÉS DA HISTÓRIA

Plano de Ação

Objetivo Geral da Ação
Mostrar as crianças do jardim de infância: Ruth Alice, localizado à Rua: José Filipe da Silva, Alegre ES.
O quanto é importante valorizar a raça negra, pois foi dela que nasceu o desenvolvimento do país, através dos negros que desde o tempo da escravidão doavam todo seu talento para produzir os materiais necessários a satisfação das necessidades e desejos de seus donos, que apesar de tratá-los com profunda falta de humanidade eles não se revoltavam, uma vez que não tinham consciência da segregação a qual eram submetidos. Então embasado nessa história lamentável, é preciso que se organize  ações que venham ao encontro da falta de respeito com a raça negra e mostrar o seu valor através de atores com uma visão ampla das injustiças sofridas pela raça negra. Nesse contexto surge a necessidade de desenvolver projeto para ensinar as crianças dessa instituição a técnica de fabricar a boneca Abayomi a partir de tiras de tecido que possuem custo baixo, porém se desenvolver a produção com base na história dela,  o valor conscientizador será imensurável.

Justificativa

Ainda em nossos dias e apesar das mudanças ocorridas no país quissá no mundo através de leis e estatutos que defendem a igualdade, nada tem sido capaz de erradicar a segregação, que só mudou a forma de se mostrar e hoje é praticada de forma velada e talvez mais abjeta que outrora, uma vez que, seus praticantes não podem alegar o princípio da ignorância, pois a mídia mostra todos os dias, fatos esclarecedores a respeito do assunto.
Uma das causas do negro ainda hoje sofrer discriminação racial é o fato de não buscar conhecimento aprofundado sobre a verdadeira e única história dos negros, pois é sabido que o conhecimento é o melhor caminho para chegar a verdade e a liberdade, ao conhecer a sua história o negro verá o quanto ele foi e ainda é  importante para essa nação que só obteve evolução depois do envolvimento do negro na produção, físico, cultural e intelectual.

Postada por MARIA JANETE DO CARMO

domingo, 11 de dezembro de 2011

Movimento negro e movimento de mulheres negras: uma agenda contra o racismo.


O crescente êxito da ação coletiva negra tem dependido cada vez mais de sua habilidade para aliar-se a setores da sociedade civil e do Estado, que até pouco tempo atrás conferiam pouca atenção às demandas do movimento.  As investidas na esfera pública nacional alteraram significativamente as relações entre “raça” e política na sociedade brasileira nos últimos anos. O trânsito de militantes negros/as no poder executivo, legislativo, o acesso constante ao judiciário, a existência de órgãos públicos destinados exclusivamente às chamadas “políticas de igualdade racial”, o progressivo engajamento de deputados/as e senadores/as negros/as nas pautas do ativismo sugerem campos de ação jamais vistos na história política brasileira.
Por outro lado, articulações internacionais têm sido cada vez mais as marcas das organizações negras, especialmente com relação ao financiamento (TELLES, 2003), à inserção nas conferências internacionais (SANTOS, 2005), ou às redes de ativismo via internet e coletivos políticos (SEBASTIÃO, 2007).  Além da expansão do movimento para fora das fronteiras do país, há evidências flagrantes de um processo de institucionalização do movimento, o que o habilita profissionalmente a negociar com os formuladores da política institucional no Brasil contemporâneo.
Nesse sentido, entramos numa nova fase da política dos movimentos sociais. Para além das reivindicações, os/as ativistas, bem como suas organizações formam uma ampla rede de controle do poder público. Cada vez mais, o movimento torna-se incisivo na proposta de garantia da igualdade racial, não aceitando nenhuma ação que possa discriminar pessoas seja por seu pertencimento étnico, seja por suas características físicas. Com efeito, com cerca de um século da mobilização coletiva em favor da cidadania para a população negra neste país, o movimento negro moderno agora passa por uma fase que é a de fortalecer e ampliar as reivindicações em favor de políticas públicas direcionadas à redução das desigualdades, focalizadas em gênero e raça, promovendo, assim, o universalismo dos direitos sociais, sem desprezar o pluralismo existente em nossa sociedade.


Saiba mais em: 
http://www.leliagonzalez.org.br/material/Acao_e_Pensamento.pdf 

Articulação de Mulheres Negras: – com apoio da UNIFEM, foi formada a Articulação de Mulheres Negras Brasileiras para fortalecer as organizações de mulheres negras no Brasil e seu trabalho de implementação e monitoramento dos compromissos de Durban (2001). Dentre as atividades da Articulação, se destacaram:
1) estratégias de comunicação para dar visibilidade às desigualdades de gênero e raça e aos compromissos assumidos pelo Governo Brasileiro em Durban. Para isso foi produzida uma revista de circulação nacional, distribuída para ativistas do movimento de mulheres negras, movimento feminista, movimento negro, parlamentares e outras autoridades, com repercussão muito positiva.
2) a participação das mulheres negras na elaboração do Relatório da Sociedade Civil sobre o cumprimento da CEDAW pelo Governo Brasileiro.
3) o Seminário Reformas: Raça, Gênero e Políticas de Inclusão Social, Brasília, 13 de maio de 2003, promovido pela Articulação de Mulheres Negras e o Senado Federal, para sensibilização dos setores públicos e a participação das mulheres negras no processo de discussão sobre mecanismos para incluir as dimensões de gênero e raça nas reformas.
Foi criada também uma rede de comunicação virtual, no processo preparatório da III Conferência Mundial contra o Racismo (Durban), com o objetivo de estabelecer um canal de informação entre as mulheres negras organizadas, a comunidade negra em geral e pessoas interessadas na discussão dos temas dentro de perspectiva feminista negra. Nesse espaço, são discutidas questões relacionadas às discriminações de gênero, raça e classe, bem como outros temas de interesse dessa comunidade.  Mantém-se um ambiente de trocas de opiniões, planejamento de ações, discussão de políticas públicas, divulgação de agenda.

Casa de Cultura da Mulher Negra (1990): – foi fundada em Santos, depois de cinco anos de ações do Coletivo das Mulheres Negras da Baixada Santista. Pensando na sustentabilidade financeira para mulheres, o local escolhido para a sede foi um bairro de classe alta e desde o início foram dadas formações em culinária e artesanato africanos, visando à instalação de um restaurante com culinária africana e uma loja de roupas com estilo afro. Nessa linha, foram feitas oficinas de formação de mulheres para geração de renda. A Casa mantém o Centro de Documentação e livraria Carolina de Jesus; produz livros, materiais e a revista Eparrei, que aborda várias temáticas ligadas às questões das mulheres, tais como violência doméstica e direitos das mulheres.

Criola (1992): - é uma organização da sociedade civil conduzida por mulheres negras, a partir da defesa e promoção de direitos das mulheres negras em uma perspectiva integrada e transversal. Tem como missão instrumentalizar mulheres, adolescentes e meninas negras para o enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia (discriminação contra lésbicas) e para o desenvolvimento de ações voltadas à melhoria das condições de vida da população negra.

Fala Preta (1997): – tem como missão promover o desenvolvimento humano sustentável, buscando a eliminação de todas as formas de discriminação e violência, especialmente a discriminação étnico-racial e a de gênero, com base nos princípios éticos da igualdade, equidade e justiça, na promoção da qualidade de vida e no respeito aos direitos humanos e reprodutivos.

Fórum Nacional de Mulheres Negras: - O Fórum é composto por mulheres negras das mais variadas origens: ativistas autônomas, representantes de entidades, que participam da luta para afirmar o direito à vida plena, livres de intolerâncias étnico-raciais, de sexualidade-gênero, de credo ou classe social; em um meio ambiente preservado, com direito a lazer, trabalho digno e razoável, com saúde e qualidade de vida, garantido o direito de comunicação.

Geledés – Instituto da Mulher Negra (1988): - é uma organização política de mulheres negras que tem por missão institucional a luta contra o racismo e o sexismo, a valorização e a promoção das mulheres negras, em particular, e da comunidade negra em geral. O Instituto vem, nesses anos, consolidando as discussões sobre as questões da mulher negra como aspecto fundamental da temática de gênero na sociedade brasileira, sobre a necessidade de adoção de políticas públicas inclusivas para a realização do princípio de igualdade de oportunidades para todos/as. Em sua história, a Organização registra intervenções políticas nos âmbitos nacional, regional e internacional, com o objetivo de denunciar o racismo existente na sociedade brasileira e sensibilizar governos e sociedade civil para a discussão do processo de exclusão das populações pobres e discriminadas no mundo.

Grupo de Mulheres Negras Mãe Andresa (1986): - tem uma trajetória na conquista dos direitos das mulheres negras maranhenses e brasileiras. Sua missão é incentivar e fortalecer a organização e o protagonismo das mulheres negras, por meio da formação político-social, do empoderamento e da projeção dessas mulheres na sociedade.

Maria Mulher (1987): - é uma organização feminista, coordenada por mulheres negras com formação e experiências diversas, favorecendo a realização de um trabalho interdisciplinar. Desde a sua fundação, Maria Mulher vem pontuando a defesa dos direitos das mulheres e a luta pela melhoria das condições de vida da população afrobrasileira.

Neomalthusianos: – são os seguidores da Teoria Populacional Neomalthusiana, uma atualização da teoria criada pelo demógrafo Thomas Malthus. Para esse grupo, a causa da pobreza e do subdesenvolvimento dos países é seu crescimento populacional, sua superpopulação, elevando os gastos com as políticas sociais, esgotando os recursos naturais e dificultando investimentos em setores produtivos e consequentemente gerando desemprego. A partir dessa idéia, surgiram vários estudos e propostas neomalthusianas. O grupo defende o planejamento familiar.


Postado por Cristiane Alves Almeida (Krystal), Fabio Gomes Zampieri e Flavia Ribeiro Oliveira Zampieri

O percurso do conceito de raça no campo de relações raciais no Brasil.



De fato, abordagens teóricas recentes sobre a temática têm sido de enorme pertinência no sentido de aproximar etnicidade e nacionalidade, sempre com o objetivo de enfatizar e, assim, resgatar a interpenetração existente entre noções como raça e cultura no contexto do Estado-nação moderno, ressaltando, inevitavelmente, o papel dos construtores de mitos e raças que embasam ideologias nacionalistas na sua busca pela homogeneidade. Assim se constituindo, ela é um modelo para a solidariedade que definirá o grupo social como unidade cultural com uma identidade específica. Assim, a nação produz um sentimento de inclusão que faz com que os indivíduos apercebam-se de seu estilo próprio e se sintam parte de uma coletividade que historicamente o produziu. Quer dizer, a nação como produto da mentalidade coletiva torna se objeto para o sociólogo na medida em que explicita, muitas vezes ardentemente, o grupo social como uma unidade concebida que, em lhe atribuindo identidade, evidenciam-lhe os traços de sua história e de sua cultura.



Postado por Cristiane Alves Almeida (Krystal), Fabio Gomes Zampieri e Flavia Ribeiro Oliveira Zampieri